A resenha de hoje é sobre o livro Essencialismo, de Greg Mckeown, publicado em 2015 pela editora Sextante.

Este é um daqueles livros que eu estava buscando sobre outro assunto (minimalismo) e ele apareceu como sugestão. Já tinha lido algumas críticas positivas, então decidi ler o livro.

Estou muito focada em ampliar minha leitura sobre minimalismo. Iniciei despretensiosamente lá em 2015, absorvi alguns ensinamentos, mas não aprofundei o estudo. Na verdade, eu nem sabia que o que eu estava estudando/fazendo era minimalismo.

Na época uma das minhas referências marcantes foi o livro A mágica da arrumação, da Marie Kondo. Sua frase de impacto “Isto me dá alegria?” foi responsável por eliminar quilos e quilos de coisas devidamente organizadas, catalogadas, etiquetadas, mas que de fato não me traziam alegria.

Foi o início de um longo e efetivo processo para tornar a vida mais simples. Mas, enfim….


Essencialismo

O livro aborda a visão do essencialista e, por consequência, do não-essencialista também. O essencialista é uma pessoa cuja visão está voltada ao essencial. Essencial para quem? Para ela!

O essencialista rejeita a ideia de que se pode fazer tudo. Seu caminho é baseado na frase de Dieter Rams, ex-projetista-chefe da fabricante Braun: “Menos porém melhor”.

Basicamente o livro está dividido em quatro partes:

  • Essência
  • Explorar
  • Eliminar
  • Executar

Essencialismo: Essência

A primeira parte aborda a mentalidade básica do essencialista. Ela engloba o nosso poder de escolha, a capacidade de discernir o que é essencial em meio a tanto ruído e a estratégia de perder para ganhar.

Achei fascinante a abordagem inicial do livro, pois vejo muitas propostas iniciarem sempre com um passo-a-passo. Contudo, sem um ajuste de mentalidade, a pessoa até inicia o processo, mas se perde no meio do caminho. Mentalidade é a chave! É preciso entender e pensar como um essencialista.

Essencialismo: Explorar » Eliminar » Executar

Aqui iniciamos o processo sistemático de busca disciplinada por menos. Explorar, eliminar e executar são três passos simples, que podem se tornar natural e instintivo a medida que você aceita e entende completamente a realidade essencialista.

Para cada um desses passos, o livro aborda algumas práticas para ajudar a desenvolvê-los. São práticas simples e didáticas. Aliás, o livro é extremamente didático. Apesar do essencialismo ser um processo, é possível se beneficiar imediatamente de várias dicas pontuais.

Uma dessas práticas é brincar! Esse benefício não aprendi com o livro, inclusive partilho minha experiência neste artigo, mas posso afirmar os efeitos imediatos que a brincadeira aguça em todos nós! Ouvir a sabedoria de nossa criança interior nos coloca em contato com o essencial. Vale a pena tentar!

Além de nos ajudar a explorar o que é essencial, brincar é essencial por si só.

Greg Mckeown

Em segundo lugar quero destacar a prática de olhar para o que realmente importa.

É uma prática desafiadora nos tempos de excesso de informação e pouca relevância, pois se não estivermos atentos seremos acometidos pela obesidade mental.

Além disso, é comum o excesso de informação desencadear em nós o efeito manada.

Outra prática é limitar. Aprendi sobre limites quando estava tentando sobretudo melhorar minhas relações afetivas.

Parece bobagem, mas o simples fato de ter uma lista de limites escrita em um bloco de notas, me ajudou significativamente a melhorar minhas relações.

Ter limites bem definidos nos ajuda a focar no que toleramos e aceitamos fazer em relação ao outro. Quer seja na vida pessoal (filhos, marido, amigos), quer seja na vida profissional (chefe, colaboradores, clientes).

E principalmente clareza para focar no que realmente é essencial para nós.

Minha opinião

Este não é um livro especifico sobre minimalismo, mas a meu ver, essencialismo e minimalismo são duas propostas que conversam entre si: levar uma vida com significado e propósito.

Já aplico algumas das ideias do essencialismo propostas no livro, mas identifiquei várias práticas que ainda posso incorporar na minha vida.

Outro ponto positivo é que conheci sobretudo um método específico.

Gosto muito de métodos, pois eles simplificam a nossa vida (afinal, bora simplificar).

É fascinante alguém reunir e sistematizar várias ideias e práticas em uma sequência.

Também é uma abordagem interessante sobre produtividade (acho que no fundo essa é a principal área de foco do autor).

Ser produtivo não é necessariamente fazer mais coisas, mas fazer o essencial e melhor!

A leitura é leve, mas não simplista. Com certeza vou ler novamente.

Já leu? Comenta aqui embaixo o que você achou! Compre o livro aqui.


3 comentários

Sulamita Monteiro · Fevereiro 29, 2024 às 10:58 pm

Adorei sua abordagem sobre o livro. Estou a procura de algo que me ative o foco e assim me leve a ser mais produtiva e, necessariamente seja uma ecenssialista pelo menos nos projetos adiados, atrasados pelo excesso. Ainda estou na pág 33, mas é exatamente isso que você resumiu.
Amando sua pág

A riqueza da vida simples, de Gustavo Cerbasi - Bora Simplificar · Setembro 15, 2020 às 9:01 am

[…] apesar desse não ser um livro disruptivo para mim, eu queria conhecer a visão do autor sobre minimalismo, visto que nesse livro dedica um tópico sobre esse assunto. Bora […]

Aprenda a estabelecer limites | Minimalismo - Bora Simplificar · Outubro 16, 2020 às 7:49 pm

[…] acordo com o livro Essencialismo, você não deve roubar os problemas dos […]

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